Capítulo 27

Acordei o sol batia-me na cara.Olhei para o relógio.Eram dez da manha.Na noite anterior o cansaço tinha-se abatido sobre mim.Levantei-me mas cai redonda na cama.Era o dava não comer.Na cozinha o pequeno-almoço já estava pronto.Comi um croissant e bebi um sumo de laranja.Tomei banho e vesti uns calçoes curtos e um top.
Deitei-me na cama.Tudo o que ele me dissera no dia anterior voltava à minha mente.As lágrimas voltaram com as memórias.Chorei,gritei até não poder mais.Tinha de deitar tudo cá para fora.Para ver se desaparecia.Sabia que isso não era possivel nem ia acontecer.Acabei por ficar assim toda a manha.
-Matilde?Não foste ás aulas?Eu não acredito miuda ainda estás assim?Não te quero ver assim.
-Ruben...eu tentei eu não sou capaz de o esquecer assim.As palavras dele...-voltei a chorar.
-Anda cá.-dizia enquanto que me abraçava.
-Ruben?
-Diz linda.
-Obrigada.
-Oh de nada.És parte da familia.És familia.
-Onde foste?
-Ao estádio.Partimos daqui a dois dias para o Canadá.E voltamos daqui a 5 dias.
-Ok.Eu também tenho treinos da claque até ao fim do mês.Ruben...ele estava lá.
-Sim estava.
-Uhm ok.
Ouvimos uma porta a bater.
-Chegou a Caty.
A Catarina veio directa ao quarto.
-Hello.Não foste ás aulas.
-Não eu sei que devia.Não ia lá fazer nada.
-Eu sei.Ruben logo temos ecografia.
-Eu sei.Vou ver o meu bébé.O meu menino.
-Menina.
-Menino.
-Menina.
Ri-me.
-Olha riu-se.Pelo menos fazemos alguem rir-se amor.
-Anda fui buscar o almoço.
-Anda comer Mati.
-Não tenho fom...
-Shiu!Tens sim.Ruben traz a Matilde.
O Ruben pegou em mim ao colo.
-Ruben eu ia não era preciso.Podes me por no chão?
-Não.
-Chato!-por momentos lembrei-me dele.As nossas "discussões" acabavam sempre assim.Não queria pronunciar o seu nome.Fazia com que doesse mais.O Ruben acabou por me pousar no chão quando chegamos a sala.
Comi um pouco de arroz de tomate.E salada.Ouvi os dois a resmungarem comigo mas voltei para o quarto e fiquei lá deitada.A Rita veio-me tentar tirar de casa,mas não estava com disposição.Eu adorava aquela miuda,sempre a tentar por a pessoas felizes.
(...)
-Chegamos!-ouvia da sala.Eram sete e meia deviam vir do médico.
-Matilde!Ainda estás assim?Juro-te que não te aguento ver mais assim!
-Desculpa não consigo evitar.Como correu a consulta.
-Muito bem.O meu filho é lindo.-dizia o Ruben.
-Mais parece um feijãozinho mas está tudo bem.O coraçãozinho a bater.-vi-a-os falizes.Adorava velos assim.Pelo menos a felicidade rodeáva-me.
Depois do jantar.Voltei para o quarto.No dia seguinte havia greve,logo não havia aulas.Melhor.Não queria faltar de novo.
Acabei por adormecer envolvida nos meus pensamentos.
(...)
-Aí Ruben ela está mesmo mal.
-Pah devias ver o David.Ainda bem que o campeonato acabou se não ele não ia dar uma pra caixa.
-Ele foi muito nobre na sua atitude,mas não sei se foi a melhor.
-Pois eu já lhe disse isso mas ele não quer que ela não siga o seu caminho por causa dele.
-Se ela sabe que ele fiz isso por ela...
-Mas ela não vai saber.Catarina eu prometi ao David.
-Está bem,mas eu não a consigo ver assim.Isto do David bateu-lhe mesmo forte.
-É verdade.Agora é que vejo o quan aqueles dois se amam.
-Bem amor estou cansada vamos?
-Vamos.
(...)
Quando acordei apercebi-me que alguem estava em casa.Devia ser o Ruben.Tomei banho vesti umas calças de ganga e um top basico.
-Bom dia.
-Bom dia Ruben.
«ding-dong»
-Eu vou lá fica aí sentado.
Abri a porta.